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Maringá,28/04/2025

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Com 25 anos, mineira é a mais jovem juíza federal do país

Nathália Fontes, g1 Zona da Mata
Com 25 anos, mineira é a mais jovem juíza federal do país Reprodução

Apenas quatro anos depois de se formar em direito, Luísa Militão Vicente Barroso assumirá o posto de juíza do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília. Aos 25 anos, a mineira é a mais jovem juíza federal em atuação no Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nascida em Inhapim, região leste de Minas Gerais, Luísa deixou a cidade natal aos 16 anos para fazer o ensino médio no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni/UFV). No ano seguinte, permaneceu na cidade e entrou para a Universidade Federal de Viçosa, iniciando uma rotina de estudos para a formatura e preparação para concursos públicos.

Antes da nomeação ao TRF1, foi aprovada para promotora de justiça no Ministério Público da Bahia (MPBA) e na Defensoria Pública de Minas Gerais. No dia 31 de outubro de 2024, chegou a tão sonhada posse na magistratura, após um ano e meio do início do processo seletivo.

Após a formatura, Luísa conciliava os estudos com trabalho na Promotoria de Justiça de Inhapim. Apesar de ter resultados positivos nas duas primeiras provas no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e na Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ela não conseguiu avançar para as fases seguintes dos certames e decidiu mudar a estratégia. O novo método de preparação incluía oito horas diárias de videoaulas e leituras, de segunda a sexta-feira, e simulados aos sábados ou domingos. Mesmo distante da cidade onde se formou, ela diz carregar as lembranças de Viçosa e o lema da instituição de ensino. “Estudar, saber, agir e vencer. Carrego essas quatro palavras do lema da UFV comigo em meu coração, como uma estrela guia. Nunca tive ambições de conquistar qualquer coisa que fosse sem estudo e trabalho árduo. Minha trajetória nos estudos extrapola em muito esses quatro anos”, postou.

No caminho das preparações, houve eliminações, frustrações e contratempos, como na prova do Ministério Público da Bahia, que teve como empecilho o pouco tempo de carreira prática, uma das exigências do certame. “A alegria [da aprovação] deu lugar ao desespero quando percebi que só completaria os três anos de prática em janeiro de 2024. Mas o certame do MPBA atrasou e, no dia do meu aniversário, 18 de janeiro, três dias após eu completar os anos de prática, reabriram o prazo do envio dos documentos da inscrição definitiva e me inscrevi para ser promotora”. O exame no TRF1 também teve uma dose de sofrimento no avançar do processo, necessitando de um pedido de recurso na fase de sentença criminal, por causa de 0,57 ponto. O recurso foi aceito pela banca, Luísa seguiu para a prova oral e acabou aprovada em segundo lugar, tornando-se assim a mais jovem magistrada brasileira.




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